Preocupada com o crescente aumento de casos de monkeypox dentro das unidades prisionais, a diretoria executiva do Sindicato dos Policiais Penais e Servidores do Sistema Penitenciário do Ceará (Sindppen-Ce) retorna à “Campanha Eu Me Protejo, Eu Te Protejo” com foco na prevenção e cuidados a serem tomados para diminuir e cessar a transmissão da doença dentro do sistema.
Por meio de informações advindas da Coordenadoria de Execução da Saúde Prisional (COAP) , há algumas unidades prisionais que os casos identificados já estão em tratamento e seguem em isolamento, dentro da previsão do diagnóstico da doença.
A monkeypox (MPX), popularmente conhecida como varíola do macaco, é classificada como uma doença endêmica em países da África Central e Ocidental. Transmitida de animais para humanos em sua origem, hoje ela acontece pelo contato próximo com a pessoa infectada.
Por ser semelhante a varíola humana, porém, de menor gravidade, a vacinação utilizada nas campanhas de combate à varíola comum, funciona também contra a monkeypox. Ainda que a população mundial tenha parado de se vacinar quando a varíola foi erradicada, em 1980, existem versões mais modernas do imunizante. Ele é eficaz quando aplicado de forma preventiva, mas também pode ser administrado em até quatro dias após a exposição ao vírus.
Transmissão
As maneiras como ocorre a transmissão, principalmente, por meio de contato com lesões de pele das pessoas infectadas ou objetos contaminados recentemente.
Já a transmissão via gotículas, requer contato próximo e prolongado com o paciente infectado. Após infecção, o período de incubação é tipicamente de 6 a 16 dias, podendo chegar a 21 dias, porém a transmissibilidade é encerrada quando o paciente não apresenta mais crostas e a pele encontra-se cicatrizada. Há ainda uma discussão entre os cientistas se a monkeypox seria ou não uma infecção sexualmente transmissível (IST).
Sintomas
O ciclo de infecção acontece em três etapas:
Período de incubação: essa fase não apresenta nenhum sintoma. Pode durar de 5 a 21 dias, variando de pessoa para pessoa;
Início dos sintomas: assim que termina o período de incubação, surgem os sintomas iniciais. Em geral, isso acontece entre o 7° e o 17° dia após o contágio. É comum o paciente sentir febre alta, mal-estar, dor de cabeça, dor de garganta e dor nos gânglios do pescoço, axilas e virilhas. Pode ser também que a pessoa não sinta nada ou sinta apenas um ou outro sintoma. É nesse período que ela começa a transmitir a doença;
Surgimento das lesões: depois de um a três dias do início dos sintomas, aparecem as lesões na pele, principalmente na cabeça, nariz, testa, mão, pé e genitais. Inicialmente, elas se assemelham a uma espinha. Depois, as bordas começam a se elevar, dando a aparência de um pequeno vulcão. Por fim, caem e deixam uma cicatriz na pele, em especial em pessoas que pegam muito sol ou têm a pele mais escura. É o auge da transmissão do vírus e pode durar até 21 dias.
Tem cura?
Sim. Assim que todas as lesões desaparecem e a pele cicatriza, a pessoa está curada. Isso acontece na grande maioria dos casos, considerando que a monkeypox tende a ser uma doença benigna. Em alguns casos mais complicados, como quando as lesões surgem no ânus, o paciente sente dor e pode precisar de internação para amenizar o incômodo. Mas assim que as feridas cicatrizam, a pessoa fica bem de novo.
Tratamento
Existe um medicamento antiviral utilizado em pacientes com maior severidade, mas, como a maioria dos países não o possuem em estoque, a regra costuma ser esperar as feridas cicatrizarem ou combater os sintomas.
De mais 27 mil casos no mundo todo, apenas 9 pacientes morreram até agora. Foram pessoas que tiveram formas mais graves da doença, com acometimento do olho, cérebro ou pulmões.
Prevenção
As recomendações são parecidas com as da covid-19: usar máscara e lavar bem as mãos com água e sabão. Também é preciso evitar contato próximo e não compartilhar roupas de cama e toalhas com pessoas com suspeita da doença.
Com informações da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará