O dia do agente penitenciário que deveria ser uma data de alegria acabou marcado por uma fatalidade ocorrida no centro de Fortaleza. Neste dia 3 de agosto, a nossa categoria está enlutada pela morte do companheiro Josileudo Leite Silva, que teve a vida ceifada durante confronto com criminosos. O grupo, segundo a polícia, realizava assaltos em série e, entre os delitos praticado pelo bando, o nosso guerreiro, cansado de tantos assaltos, tentou evitar mais uma ação, foi baleado e não resistiu aos ferimentos.
São fatos como este que prova que o Estado perdeu o controle da situação. Bandidos armados praticando assaltos a mão armada, seja na área nobre ou na periferia; cidades do interior sitiadas; explosões em agências bancárias; policiais fuzilados no combate ao crime no sertão do Ceará; presídios destruídos; presos sem punição por quebrarem as unidades prisionais; delegacias atacadas e coletivos incendiados, são apenas alguns episódios retratados nos últimos meses no Estado.
As políticas implantadas em resposta ao aumento do crime organizado não são adequadas, necessitamos de reformas no sistema. Ignoraram o fato do Brasil está entre os países mais violentos do mundo. Infelizmente subimos ao pódio e somos todos vítimas da ineficiência política para resolver tal situação. Recentemente, a cúpula de segurança pública descobre que muitos crimes são orquestrados de dentro das unidades prisionais, no entanto, o que percebemos nisso tudo é o despreparo dos governantes, que anuncia a contratação temporária de agentes penitenciários. Precisamos de agentes de segurança treinados e valorizados, enquanto não houver essa mudança outras mortes ocorrerão seja de um civil ou de um agente treinado para coibir o crime organizado. Hoje, a família de Josileudo chora pela perda e os agentes penitenciários lamentam a perda de um combatente.