Na tarde dessa terça-feira (25), o Fórum Estadual em Defesa do Trabalho Decente (FTD-CE) e o Ministério Público do Trabalho da 7ª Região realizaram o I Fórum sobre Atos Antissindicais e Formas de Enfrentamento. O evento foi realizado no auditório do MPT e reuniu nomes importantes na luta pelos direitos sindicais.
A procuradora-chefe do MPT-CE, Geórgia Aragão, em nome do compromisso com a dignidade dos trabalhadores e condições de trabalho seguras, agradeceu a presença de todos, destacando a importância da proteção contra qualquer forma de opressão. Na mesa de abertura foi avisado que no mês de julho irá ser realizado uma campanha contra assédio no ambiente trabalho.
As procuradoras Dra. Virgínia de Azevedo Neves e Dra. Christiane Vieira Nogueira abordaram o que são atos antissindicais e como combatê-los para garantir um ambiente de trabalho democrático e justo.
Sobre práticas antissindicais e seus enfrentamentos
Um dos pontos cruciais do debate foi sobre a necessidade de fortalecer os sindicatos por meios das redes sociais pois, sem os quais a luta por melhores condições de trabalho e o combate ao assédio se tornam desafiadores. Foi enfatizado como algumas práticas impedem a liderança sindical de exercer seu papel efetivo, além das repressões severas enfrentadas por movimentos grevistas, incluindo multas e ações contra dirigentes sindicais individualmente.
Exposição de casos
As dirigentes sindicais Joélia Silveira, presidente do Sindppen-Ce e Iracema Oliveira, secretária geral da Fetamce denunciaram várias formas de cerceamento da liberdade sindical, incluindo cassação de liberações de dirigentes, cortes de contribuições sindicais, interdição de acesso ao trabalho, perseguições e multas aos movimentos grevistas. Essas questões foram amplamente discutidas no fórum, refletindo a urgência em enfrentar essas práticas para proteger os direitos dos trabalhadores.
Após a exposição de casos, debates foram acontecendo e o número de denúncias foi aumentando. A Dra. Cristiane sublinhou a receptividade contínua aos sindicatos, enfatizando o compromisso com a liberdade sindical e o diálogo construtivo. Foram discutidas denúncias sérias de atos antissindicais, reforçando a necessidade urgente de ampliar esse debate em prol de soluções eficazes.
Por sua vez, Dra. Virginia, ao abordar a situação dos dirigentes sindicais na linha de frente dessas questões, destacou o projeto do MPT para combater tais práticas, reafirmando a importância da liberdade sindical como um pilar fundamental da democracia, tanto nacional quanto internacionalmente. Este compromisso visa proteger os interesses dos trabalhadores brasileiros, promovendo um ambiente de trabalho justo e seguro.