Foi publicada uma matéria no Jornal O Povo, nesta quinta-feira (09), sobre o envio de 87 nomes de policiais penais para a Controladoria Geral de Disciplina por participarem de manifestação no dia 20 de setembro de 2023.
A matéria trata de um tema que está sendo debatido pela entidade sindical representativa da categoria com muita frequência, inclusive traz dados e declarações públicas fornecidas pela mesma naquele período.
Somente no ano de 2021, foram 1.516 licenças médicas, em 2022, 883 e, até o mês de abril de 2023, 306 afastamentos.
Para o vice-presidente do Sindppen-Ce, Daniel Mendes, os números comprovam a necessidade da categoria lutar por uma mudança na forma como a gestão está tratando a questão da saúde física e mental dos servidores.
Além disto, o dirigente informa que a Secretária parou de fornecer, em abril de 2023, os dados, mesmo com requerimento, sob alegação de que estes dados são confidenciais.
Porém, para fins de publicação da matéria do O Povo, a secretária forneceu os dados. Os números fornecidos para o jornal, porém, ainda segundo o vice-presidente, parecem não refletir os pedidos de ajuda e diálogos travados com a categoria sobre a realidade.
“A gente até gostaria de ter a oportunidade de nos pronunciarmos sobre a matéria, já que, desde que divulgamos as notas anteriores até o momento atual, o que percebemos é uma constante tentativa de criminalização da luta de nossa categoria”, desabafa Mendes.
Para o dirigente, as atitudes da gestão da Secretária de Administração Penitenciária e Ressocialização (SAP) se caracterizam como prática antissindical, ao tentar punir os policiais penais por reivindicarem por saúde mental e melhorias trabalhistas.
A assessoria jurídica do Sindppen-Ce está acompanhando todos os casos dos policiais penais que se manifestaram por seus direitos.