O número de policiais penais afastados por problemas psicológicos e psiquiátricos é altíssimo.
Diante dos últimos fatos ocorridos dentro do Sistema Penitenciário cearense, a diretoria executiva do Sindicato dos Policiais Penais e Servidores do Sistema Penitenciário do Estado do Ceará (Sindppen-Ce) tem sido procurada pela Imprensa cearense para debater sobre o alto número de afastamentos e sobre as questões psicológicas da categoria que têm feito algumas vítimas.
Infelizmente, tivemos muitos casos de suicídio e a taxa de afastamento é muito alta, de acordo com as informações das reportagens do Jornal O Povo e O Globo: um a cada dez policiais penais pediu licença por problemas psicológicos no ano passado. Foram 940 licenças de cunho psicológico, concedidas para 377 servidores.
De acordo com a presidente do Sindppen-Ce, Joélia Silveira, embora as denúncias de casos de assédio tenham cessado nos últimos meses, o sindicato ainda precisa ter acesso aos complexos penitenciários para uma conversa “olho no olho” com os policiais penais. “Ainda estamos impedidos de entrar no Complexo Penitenciário e precisamos saber como está o dia a dia dos nossos colegas. Nós somos representantes legais da categoria e temos o direito de entrar, sem restrições, nas unidades.”
A diretoria sindical informa que a Comissão de Combate ao Assédio Moral já foi instaurada, assim como a adoção de escala diferenciada para policiais penais que foram transferidos de suas unidades prisionais, deixando-os mais longe de suas casas. “Existem, ainda, algumas outras questões a serem debatidas com a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) em relação ao trabalho dentro das unidades”, declara a presidente.
As medidas ocorreram após proposta de plano emergencial elaborado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), do qual o Sindppen-Ce faz parte. Foi o sindicato que constatou as irregularidades no sistema prisional do estado após realizar inspeções.
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O Globo: