É necessário falar de violência contra a mulher
Após a repercussão do caso das agressões cometidas pelo DJ Ivis contra a sua ex-mulher Pamella Holanda, a diretoria do Sindicato dos Policiais Penais e dos Servidores do Sistema Penitenciário do Estado do Ceará (Sindppen-Ce) vem, por meio desta NOTA, repudiar todo ato covarde e violento que fere, além do físico, o psicológico de tantas mulheres que sofrem, assim como Pamela, qualquer tipo de violência, seja física, psicológica, moral, sexual ou patrimonial.
Rechaçamos todo tipo de violência contra as mulheres e pedimos sempre que haja justiça e que as entidades responsáveis tomem providências cabíveis contra agressores, dando assistência e proteção a cada vítima. Registramos aqui, nossa solidariedade à senhora Pamella Holanda e a tantas outras mulheres que passam diariamente por isso, no silêncio cruel de suas casas. Deixando consignado nesta nota de repúdio que nós, do Sindippen-Ce, jamais deixaremos de nos pronunciar diante de tais atos. Sempre apoiaremos a luta pelos recentes anos de conquistas sociais, alcançadas pelas mulheres.
Nós, que somos representantes de uma categoria em sua maioria masculina, temos uma presidente mulher à frente da luta pelos nossos direitos e temos em nossa gama de servidores, muitas mulheres guerreiras e fortes que sempre terão o apoio do sindicato.
No mais, cabe aqui ressaltar que este tipo de agressão, praticada por maridos/companheiros ou ex-maridos/ex-companheiros dentro de seus próprios lares, tem surgido com indesejada frequência e não podemos nos calar, nem compactuar com nenhum tipo de violência, ainda mais com uma mulher.
BASTA DE VIOLÊNCIA!
Saiba mais sobre o assunto:
A Conferência das Nações Unidas sobre Direitos Humanos (Viena, 1993) reconheceu, formalmente, a violência contra as mulheres como uma das formas de violação dos Direitos Humanos. Desde então, os governos dos países-membros da ONU e as organizações da sociedade civil trabalham para eliminar esse tipo de violência, que já é reconhecido também como um grave problema de saúde pública.
Uma em cada quatro mulheres, acima de 16 anos, sofreu algum tipo de violência no último ano no Brasil; durante a pandemia de Covid-10. É o que apontam dados da pesquisa do Instituto Datafolha, encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), e divulgada em junho último. Isso significa que cerca de 17 milhões de mulheres (24,4%) sofreram violência física, psicológica ou sexual no último ano. A porcentagem representa estabilidade em relação à última pesquisa, de 2019, quando 27,4% afirmaram ter sofrido alguma agressão.
Tipos de violência
VIOLÊNCIA FÍSICA
Entendida como qualquer conduta que ofenda a integridade ou saúde corporal da mulher.
VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA
É considerada qualquer conduta que: cause danos emocionais e diminuição da autoestima; prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento da mulher; ou vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões.
VIOLÊNCIA SEXUAL
Trata-se de qualquer conduta que constranja a presenciar, manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força.
VIOLÊNCIA PATRIMONIAL
Entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades.
VIOLÊNCIA MORAL
É considerada qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.
Como denunciar casos de violência doméstica:
Além de denunciar em distritos policiais e delegacias especializadas, a mulher em situação de violência doméstica pode recorrer a uma rede assistencial de entidades dos poderes municipal, estadual e federal.
Disque 180
O Disque 180 é o telefone exclusivo de atendimento à mulher do governo federal. O número presta apoio e escuta mulheres em situação de qualquer tipo de violação, ou violência de gênero. Por meio do canal, os casos são encaminhados a órgãos competentes.
Delegacia de Defesa da Mulher
O serviço de denúncia em Fortaleza é direcionado para a unidade especializada de Defesa da Mulher, que fica no complexo da Casa da Mulher Brasileira, no bairro Couto Fernandes. A delegacia também funciona de forma ininterrupta. Além da unidade na capital, há Delegacias de Defesa da Mulher nas cidades de: Pacatuba, Caucaia, Maracanaú, Crato, Iguatu, Juazeiro do Norte, Icó, Sobral e Quixadá.
Endereço: Rua Tabuleiro do Norte, s/n, Bairro Couto Fernandes. Telefone: (85) 3108-2950
Casa da Mulher Brasileira
O equipamento gerenciado pela Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS), do Governo do Estado, atua no atendimento às mulheres que foram vítimas de violência em Fortaleza.
No mesmo espaço, funciona a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), o Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, uma unidade do Ministério Público e uma da Defensoria Pública, além de um centro de referência municipal.
Na Casa da Mulher, também são ofertados cursos de capacitação profissional dentro da Promoção da Autonomia Econômica, bem como, alternativas de abrigamento temporário e espaço infantil para as crianças que estejam acompanhando as mães em atendimento.
Horário de atendimento: 24 horas por dia
Endereço: Rua Teles de Sousa, s/n, Bairro Couto Fernandes. Telefone: (85) 3108-2968
Centro de Referência Municipal Francisca Clotilde
Em Fortaleza, é disponibilizado o Centro de Referência e Atendimento à Mulher em Situação de Violência Francisca Clotilde. O espaço, que faz parte do complexo da Casa da Mulher Brasileira, promove acompanhamento e encaminha as vítimas aos serviços da rede de atendimento, acolhendo mulheres que sofreram violência psicológica, sexual, física, moral, patrimonial; abuso, exploração, assédio moral e tráfico de mulheres.
Horário de atendimento: Segunda a sexta-feira, das 8h às 20h.
Endereço: Rua Teles de Sousa, s/n, Bairro Couto Fernandes. Telefone: (85) 3108-2968