Companheiros e companheiras, somos uma família de 146 mil, temos forças o suficiente e já iniciaremos um protesto unificado nesta terça-feira (14), a partir das 8 h, em frente à praça da imprensa, uma caminhada até à Assembleia Legislativa que reunirá professores, auxiliares administrativos, motoristas, policiais, agentes penitenciários e todos que fazem parte do serviço público do Ceará. O funcionalismo público cearense corre o risco de parar nos próximos dias. Podemos citar a frustrada busca pela reposição salarial como causa para essa paralisação. Coordenadores do Fórum Unificado das Associações e Sindicatos dos Servidores Públicos Estaduais do Ceará (Fuaspec), logo que tomaram conhecimento do possível congelamento salarial, ainda no ano passado, protocolaram solicitações de audiência pública no Palácio da Abolição com o Governo, fato ignorado pelos secretários e o próprio executivo.
Somente no dia 6 de junho passado, que Camilo Santana divulgou que não haveria reposição linear. Baseado nessa problemática, os servidores poderão parar setores essenciais para a administração do Estado. Descontentes com o descompromisso do governador Camilo Santana, ao anunciar a reposição de 0%, assembleias sindicais serão realizadas em várias entidades nesta semana. Ações serão realizadas após a decisão das diversas categorias.
O Governo tenta pregar à sociedade que a crise econômica é causa de tudo e, na ocasião, ainda informa aos meios de comunicação que dará reposição somente para aqueles que ganham remuneração mínima. Lembrando que, com o aumento do salário mínimo sancionado pelo Governo Federal, esse grupo de 20 mil servidores, ganharia menos de R$. 880,00, o que seria inconstitucional, por isso mesmo a equipe econômica tratou de mencionar que aumentaria o salário desses trabalhadores. Vale ressaltar que o anúncio foi há meses, mas o Governo, no último dia 6 de junho queria comunicar que alguém receberia a reposição da inflação de 10,67%. Fato que confundiu muitos, principalmente aqueles que não fazem parte do serviço público.
O Governo deixa claro que visa desmobilizar os movimentos, especialmente quando diz que negociará por categoria. Ora, acréscimo remuneratório em percentual inferior à inflação do período é sem sobra de dúvidas desacordo com a garantia constitucional. Essa ideia de negociar por categoria não está dando certo, tanto que os professores já rejeitaram a proposta do executivo. Vamos lutar pela nossa reposição linear.