Após improdutivas reuniões com representantes do Governo Camilo Santana que, duraram mais de um ano, enfim, os agentes penitenciários conseguiram uma negociação satisfatória, apesar do Governo ainda não atender todos os pontos reivindicatórios. Os agentes penitenciários decidiram pela greve no último dia 14, quando deliberaram o movimento em Assembleia Geral. Iniciada na manhã deste sábado (21), os servidores penitenciários foram ameaçados dentro no próprio local de trabalho, isso devido a decisão de colocar o batalhão de choque da PM nas unidades prisionais.
O fato se deu nas dependências do Carrapicho, quando cerca de 70 agentes, de forma heroica, permaneceram na parte interna do presídio, porém, com a chegada do Presidente do Sindasp/CE, Valdemiro Barbosa que, acompanhado do jurídico conseguiu apaziguar os ânimos. Os diretores Natanael Andrade e Luís Carlos deram todo o suporte aos agentes em Caucaia, tanto na área interna como do lado de fora.
Na cidade de Itaitinga, agentes penitenciários e policiais militares entraram em confronto e o trânsito ficou interrompido na BR-116 pelos familiares dos detentos. Incêndios e mortes foram registradas em algumas unidades, contudo, somente após todos esses episódios que o Governo resolveu chamar o Presidente Valdemiro Barbosa e representantes do comando de greve. No Palácio da Abolição, os secretários propuseram o pagamento da Gratificação de Atividades de Especiais e de Risco (GAER) da seguinte maneira: implementação de 10% para o mês de fevereiro de 2017 e duas parcelas em 2018, sendo 10% em janeiro e 20% no mês de novembro.
Os representantes da categoria levaram a proposta a uma nova Assembleia realizada no Complexo Penitenciário de Aquiraz, por lá a oferta foi aceita por unanimidade. “Querem responsabilizar a nossa categoria pela quebradeira e mortes nos presídios, mas não vamos aceitar, pois há mais de um ano buscamos essa gratificação. Ignoraram nossas propostas, nunca negociaram, apenas promessas”, disparou Valdemiro Barbosa, Presidente do Sindasp/CE.